Os exames laboratoriais são grandes aliados na manutenção de uma boa qualidade de vida. Eles são utilizados para checar a saúde de forma rotineira, investigar e monitorar doenças e acompanhar fases importantes como a gestação.
A seguir, veja quais são os exames laboratoriais mais comuns e entenda a relevância de cada um deles.
Importância dos exames laboratoriais na saúde
Cuidar da saúde envolve uma série de medidas, como promover ações que a melhoram, excluir fatores que a prejudicam e diagnosticar doenças de maneira precoce.
Na etapa da promoção, estão a prática de atividades físicas, a alimentação saudável, o sono de qualidade e o tempo de lazer.
Do ponto de vista da prevenção, é importante estar com as vacinas em dia, não ingerir bebidas alcoólicas e não fumar.
Por fim, quando se fala em diagnóstico precoce, a contribuição dos exames laboratoriais é fundamental. Esses testes permitem o acompanhamento dos pacientes, pensando sobretudo em doenças para as quais haja risco (como cânceres e doenças metabólicas e crônicas).
Vale lembrar que, em geral, o diagnóstico precoce está associado a melhores desfechos clínicos. Detectar doenças em fases iniciais tende a favorecer o sucesso do tratamento.
Também cabe ressaltar que a importância dos exames laboratoriais não se restringe ao diagnóstico precoce. Eles são muito utilizados, por exemplo, na preparação para cirurgias e outros procedimentos médicos – principalmente no caso de pacientes com fatores de risco.
Nesse contexto, os resultados de testes pré-operatórios ajudam a esclarecer o risco cirúrgico de cada paciente e a aumentar a segurança das intervenções terapêuticas.
Tipos de exame de sangue
Os exames de sangue mais comumente solicitados são:
Hemograma
O hemograma avalia três séries de células sanguíneas:
- Glóbulos vermelhos, responsáveis pelo transporte de oxigênio no organismo;
- Glóbulos brancos, importantes para o sistema imunológico;
- Plaquetas, que atuam na coagulação do sangue.
Uma das principais condições que esse exame ajuda a diagnosticar e acompanhar é a anemia.
Glicemia de jejum e/ou hemoglobina glicada
A glicemia de jejum e a hemoglobina glicada avaliam a quantidade de açúcar na corrente sanguínea. Esses exames podem apontar para um metabolismo normal ou prejudicado – configurando pré-diabetes ou diabetes mellitus.
Ambos são utilizados para diagnóstico e acompanhamento do diabetes.
Creatinina
O exame de creatinina serve para analisar a função renal. Ele é particularmente importante para pacientes que tenham risco para perda da função renal, como os portadores de diabetes mellitus ou hipertensão arterial.
Perfil lipídico
O perfil lipídico indica os níveis de:
- Colesterol total;
- Bom colesterol (HDL);
- Colesterol ruim (LDL);
- Triglicérides.
As informações obtidas a partir desse exame são relevantes para avaliar o risco de problemas cardiovasculares.
Ele auxilia tanto no diagnóstico de alterações no metabolismo dessas partículas como no acompanhamento dos seus níveis após o início do tratamento.
TSH
A dosagem do hormônio tireoestimulante (TSH) é utilizada principalmente para investigar possíveis casos de hipertireoidismo e hipotireoidismo.
Geralmente, esse exame é solicitado para pacientes com suspeita de alteração na função tireoidiana.
Exames laboratoriais de rotina mais comuns
Para a população em geral, os exames laboratoriais de rotina mais comuns são:
- Hemograma;
- Glicemia de jejum e/ou hemoglobina glicada;
- Creatinina;
- Perfil lipídico;
- TSH.
Exames de rotina femininos
Os exames de rotina femininos englobam os já citados anteriormente e também o exame de citologia cérvico-vaginal.
Conhecido como Papanicolau, esse procedimento ajuda na detecção precoce de câncer de colo do útero, sendo feito regularmente em mulheres com vida sexual ativa.
Exames de rotina masculinos
Os exames de rotina masculino incluem os previamente mencionados para a população geral e a dosagem do antígeno prostático específico (PSA).
O exame de PSA é destinado a homens com mais de 45 anos e tem por objetivo detectar precocemente o câncer de próstata.
Exames de urina e fezes
Embora não sejam considerados de rotina, exames de urina e fezes também são frequentes.
Tipos de exame de urina
A urina tipo 1 permite detectar uma série de condições metabólicas e urinárias do indivíduo. Geralmente, esse exame é solicitado para investigar infecções urinárias, cistites, presença de sangue na urina, cálculos (pedras) nos rins e insuficiência renal.
Outro exame de urina muito utilizado é a urocultura. Ela é importante para confirmar o diagnóstico de infecções urinárias e identificar se o agente causador da doença é uma bactéria ou um fungo.
Tipos de exame de fezes
Entre os exames de fezes, destacam-se três:
- Parasitológico de fezes, para investigar a presença de parasitas ou ovos de parasitas no organismo;
- Cultura de fezes, para investigar diarreias crônicas (ou seja, aquelas com duração superior a 14 dias);
- Pesquisa de sangue oculto nas fezes, para investigar sangramentos e processos inflamatórios no trato digestivo baixo e acompanhar doenças inflamatórias intestinais (como retocolite ulcerativa e doença de Crohn).
Exames laboratoriais importantes durante a gravidez
Fazer exames é uma das principais maneiras de assegurar a saúde da gestante e do bebê. Alguns dos testes mais comumente solicitados durante a gravidez já foram abordados neste texto, a exemplo de:
- Hemograma;
- Urina tipo 1;
- Urocultura;
- Glicemia de jejum;
- Parasitológico de fezes;
- Citologia cérvico-vaginal (Papanicolau).
Além desses, existem outros exames laboratoriais importantes para gestantes, como:
Tipagem sanguínea e fator Rh
Conhecer a tipagem sanguínea e o fator Rh são importantes para verificar a compatibilidade materno-fetal e prevenir as doenças hemolíticas do recém-nascido (condições nas quais os glóbulos vermelhos do bebê são atacados pelos anticorpos da mãe).
Teste de Coombs indireto
O teste de Coombs indireto (ou pesquisa de anticorpos irregulares) é feito em gestantes Rh negativo, sendo outra ferramenta importante para prevenir doenças hemolíticas do recém-nascido.
Sorologia para sífilis
A sorologia para sífilis é fundamental para a detecção de sífilis ativa com necessidade de tratamento. Esse exame ajuda a prevenir a sífilis congênita (que é transmitida da mãe para a criança ao longo da gravidez quando não há tratamento adequado).
Sorologia ELISA anti-HIV
A sorologia ELISA anti-HIV é voltada para investigar a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids).
Uma vez confirmado o diagnóstico, promove-se o tratamento da gestante e a profilaxia (prevenção) do recém-nascido para a transmissão vertical (ou seja, de mãe para filho).
Cultura vaginal e retal para a pesquisa de Streptococcus do grupo B hemolítico
A cultura vaginal e retal para a pesquisa de Streptococcus do grupo B hemolítico tem como objetivo identificar as gestantes infectadas por essa bactéria, que pode causar meningite, sepse e pneumonia em recém-nascidos.
Detectar as mulheres colonizadas pelo Streptococcus do grupo B hemolítico viabiliza a adoção de medidas para diminuir a incidência de doenças relacionadas a essa bactéria em recém-nascidos.